quarta-feira, 3 de junho de 2020

CLARICE, A PRAIA E A PREFEITURA

Bahia Notícias


Salvador quer conseguir certificação ambiental para praias do Flamengo, Stella e Ipitanga

Salvador quer conseguir certificação ambiental para praias do Flamengo, Stella e Ipitanga

A prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), contratou um consórcio para prestar uma consultoria no intuito de conseguir certificação ambiental para as praias de Stella Maris, Flamengo e Ipitanga. A informação consta num resumo de contrato divulgado na edição desta segunda-feira (1º) do diário oficial municipal.


A medida foi assinada pelo secretário da pasta, Pablo Barrozo e versa sobre a qualificação das empresas Nemus - Gestão e Requalificação Ambiental LTDA. e Temis Projetos de Meio Ambiente e Sustentabilidade LTDA. 

Ambas fora m homologadas segundo Seleção baseada nas Qualificações do Consultor (SQC), de acordo com o documento divulgado no diário municipal.

O vínculo é válido por 24 ou meses, por um valor estimado de R$ 514 mil. O consórcio irá prestar o serviço de consultoria para elaboração, desenvolvimento e implementação do plano para obter a certificação ambiental.
Os recursos são provenientes do Programa Nacional de Desenvolvimento Turístico (Prodetur) em Salvador, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A OPINIÃO DE CLARICE BAGRICHEVSKY

Cada vez que leio notícias eleitoreiras como essa me vejo compelida a esclarecer alguns detalhes:

1- Quem trouxe a ideia, em 2013, de tentar certificar apenas a área do Padang de surf com a Bandeira Azul foi a Carla, Bióloga e antiga surfista do bairro.

2- Agora, vésperas de eleições, a prefeitura tomou para si a ideia da Bandeira Azul, como já havia feito com o pedido de revitalização da orla, de inciativa também dos surfistas, e que a prefeitura adulterou o conceito para "requalificação" dessa área que nem estava, até então, no Plano Estratégico do município. 3-

A não ser que a empresa certificadora seja venal e somente objetive o ganho financeiro (o que duvidamos), dificilmente toda essa extensão dos 5 quilômetros de praia conseguirá obter o certificado porque os pré requisitos para obtenção do selo são tão rigorosos, que não consigo enxergar - mesmo com a orla urbanizada - o cumprimento das exigências ambientais e sociais da FEE - Foundation for Environmental Education. Quando muito, e olhe lá, quiçá a área do Padang.

4- Assim sendo, só consigo depreender que essa divulgação massiva sobre o Selo Ambiental se trata de mera propaganda política e justificativa para utilização e comissões dos 105 milhões que o BID liberou para a obra de requalificação da orla de Stella Maris, que irá custar menos de $ 40 milhões, segundo a própria prefeitura.

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