A poucos passos da minha casa, um pequeno campo abriga dois cavalos. À primeira vista, eles parecem comuns, mas um dia algo me obrigou a parar. Curioso, desliguei o motor, saí do carro, e andei mais perto da cerca.
Ao olhar mais de perto, notei uma peculiaridade. Um dos cavalos, o mais alto, parecia diferente: os seus belos olhos estavam velados. Ele era cego. Apesar disso, o seu dono tinha escolhido oferecer-lhe um lar pacífico, longe de ser abandonado ou desprezo. Uma lição silenciosa de compaixão.
Mas não é tudo. Um leve tinker que chamou minha atenção. Intrigado, notei um sininho pendurado no pescoço do segundo cavalo, menor e mais afiado. E foi aí que eu entendi: aquele sininho era a voz que guiou seu companheiro cego, mostrando-lhe o caminho a seguir.
Fiquei a observá-los. O cavalo com o sino estava se movendo lentamente, parando regularmente para esperar pelo seu amigo. Quanto ao cego, ele seguiu aquele som com confiança, certo de que nunca seria deixado para trás. A cumplicidade deles era comovente, uma linguagem de gestos simples e confiança mútua.
Quando o sol estava se pondo, os dois companheiros estavam indo para o estábulo. O pequeno cavalo muitas vezes parava para se certificar que o outro estava seguindo-o bem. Atenção tocante, um testemunho silencioso de lealdade.
Quando saí, percebi o quanto essa cena reflete nossas próprias vidas. Às vezes, somos como o cavalo cego, seguindo em frente graças à ajuda discreta mas preciosa de alguém. Às vezes usamos esse sino, guiando aqueles que contam conosco.
Amizade verdadeira é isto: estar lá, mesmo em silêncio, oferecer uma presença tranquilizadora. Basta um som, um pequeno gesto para iluminar o caminho de alguém.
De hoje em diante, prometi a mim mesmo ouvir aqueles sinos à minha volta e fazer os meus tocar para aqueles que precisam. Porque no final das contas, cuidar dos outros é tudo sobre isso.
Crédito: Anônimo da noite
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