Orçamento secreto institucionalizou a corrupção, diz diretor da Transparência Internacional
Bruno Brandão elogia medidas do STF que suspenderam repasses de emendas parlamentares em reação ao aumento de denúncias sobre desvios de dinheiro público
Por Ricardo Chapola
Diretor da ONG Transparência Internacional - Brasil, Bruno Brandão. (Antonio Cruz / Agência Brasil/Divulgação)
O diretor-executivo da Transparência Internacional, Bruno Brandão, defende as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino que suspenderam o repasse de emendas parlamentares. Em entrevista a VEJA, ele declarou que a falta de transparência na aplicação de recursos públicos indicados por deputados e senadores contribui para que a questão se aproxime cada vez mais de um caso de de polícia.
Brandão também citou a falta de informações sobre quem indica os valores — pilar do que ficou conhecido como orçamento secreto — e sobre onde a verba será aplicada — prática ainda ainda recorrente — como motores do maior esquema de corrupção institucional já registrado na história do Brasil. “É uma grande prática de corrupção, de desvios bilionários e sistemáticos de recursos públicos, com um verniz de legalidade, um teatro de institucionalidade.”
A Transparência Internacional acionou o STF para questionar as regras de liberação das emendas diante das denúncias de corrupção e da repetição da lógica das emendas Brasil afora. “Virou uma prática que saiu só de Brasília e foi para o Brasil”, diz Brandão.
Leia os principais trechos da entrevista:
https://veja.abril.com.br/politica/orcamento-secreto-institucionalizou-a-corrupcao-diz-diretor-da-transparencia-internacional#google_vignette
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