domingo, 29 de novembro de 2020

CASARÃO DOS AZULEJOS

 Casarão dos azulejos -

Praça Cairu, Salvador-Ba.



O casarão dos azulejos da Praça Cairu está sendo restaurado e como tenho ouvido muitas criticas com relação ao restauro dos azulejos, então, resolvi visitar no domingo passado e fiz algumas fotos.
Trata-se de azulejos portugueses do final do século XIX, na técnica de estampilha, técnica semi-industrial que foi muito utilizada para fachadas de edficações.
O casarão em questão, encontrava-se em avançado estado de degradação, a azulejaria quase toda perdida, não me recordo o percentual de perda, e felizmente o restauro está acontecendo e assim não perderemos essa edificação tão importante.


O restauro:
O que pude observar é que houve uma mesclagem dos azulejos novos com os antigos e os novos não foram feitos na técnica de origem. Foi utilizado o azulejo industrial e na técnica de silk pintou-se o padrão do azulejo. Isso resultou em uma diferença de tons na questão do branco, principalmente. O azul também ficou bem mais forte.
Diferença das técnicas:
1. Estampilha - aplica-se o vidrado e com um molde vasado aplica-se com pincel o pigmento solúvel em água. Há um pouco de migração, tornando o branco mais escuro.
2. Silk - aplica-se no azulejo industrial a tinta sobre a tela de silk com espátula de borracha, a tinta é diluída no óleo.


Para mim o ideal seria a técnica de estampilha porque haveria uma aproximação maior do azulejo original. Mas achei que a opção de mesclar o antigo com o novo houve uma quebra nos tons novos. Também achei que os novos estão com uma boa qualidade.
Parabéns
a toda equipe e aos orgãos que estão executando o trabalho e fico feliz pelo casarão está voltando as atividades e enriquecendo a nossa paisagem cultural.
Abaixo estão as imagens que fiz e todos podem perceber o novo com o antigo e ver a diferença de tons. As peças antigas são as mais escuras e podem observar a pincelada do antigo e a espátula de borracha do novo.
Zeila Maria Machado

Um comentário:

  1. Louvável a preocupação com o patrimônio nacional, haja vista que os locais que deveriam ser os primeiros a zelar só estão a pensar em carnaval na Barra e Pelourinho.

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