domingo, 17 de outubro de 2021

A FILHA DO METALÚRGICO

 Kathleen Battle (PortsmouthOhio13 de agosto de 1948) é uma soprano lírica norte-americana, conhecida pela sua voz ágil e leve e seu tom puro. Battle inicialmente tornou-se conhecida pelo seu trabalho em concertos, em performances com as maiores orquestras durante a primeira metade da década de 1970. Ela fez sua estreia operística em 1975. Battle expandiu seu repertório a papéis para soprano lírico leggero e soprano lírico coloratura durante as décadas de 1980 e 1990. Atualmente ela não aparece mais em produções operísticas, mas continua ativa em recitais e concertos


Kathleen Battle nasceu em Portsmouth, Ohio, Estados Unidos. A mais jovem irmã de sete crianças. Seu pai foi um metalúrgico e sua mãe foi uma participante ativa em um coral gospel de uma igreja Episcopal Africana Metodista. Battle estudou na Escola Portsmouth, onde seu professor de música e mentor foi Charles Phil Varney. Battle sempre foi uma boa aluna, chegando a ganhar uma bolsa de estudos da Universidade de Cincinnati, onde estudou no Conservatório de Música, onde estudou canto com Franklin Bens e também trabalhou com Italo Tajo .

Em 1971, Battle embarcou em uma carreira de professora de canto em Cincinnati, onde deu aulas em escolas públicas. Em 1972, em seu segundo ano como professora de canto, um amigo e membro do coro da igreja telefonou para Battle e informou que o maestro Thomas Schippers estava fazendo audições em Cincinnati. Em sua audição, Schippers pediu para ela cantar a parte solista para soprano de Ein deutsches Requiem de Johannes Brahms, no Festival dos Dois Mundos em 1972 em Spoleto, Itália. Sua performance aconteceu no dia 9 de julho, marcando o começo de sua carreira profissional.



Carreira

Durante alguns anos, Battle cantou em muitos concertos em Nova Iorque, Los Angeles e Cleveland. Em 1973 ela foi premiada com um suporte de carreira pela Fundação de Música Martha Baird Rockefeller. Thomas Schippers introduziu Kathleen Battle a seu maestro e colega James Levine, que selecionou Battle para cantar Mater Glorioso na Oitava Sinfonia de Gustav Mahler, com a Orquestra Sinfônica de Cincinnati, no Festival de Maio em 1974. Este foi o começo de uma amizade pessoal e profissional entre Battle e Levine, que resultou em muitas gravações e performances em recitais e concertos, incluindo apresentações em Salzburgo, Ravinia e no Carnegie Hall.



Battle fez sua estreia operística em 1975 como Rosina em Il barbiere di Siviglia com a Ópera do Teatro de Michigan. Ela fez sua estreia com a Ópera da Cidade de Nova Iorque no ano seguinte, como Susanna em [[Le nozze di Figaro de Wolfgang Amadeus Mozart e em 1977 fez seus débuts na Ópera de São Francisco, como Oscar em Un ball in maschera de Giuseppe Verdi e no Metropolitan Opera House como Shepherd em Tannhäuser de Richard Wagner. A última performance conduzida por James Levine.[8] Battle fez sua estreia no Festival Glyndebourne cantando Nerina em La fedeltà premiata de Joseph Haydn em 1979.



Década de 1980

Durante a década de 1980, Battle apresentou-se em recitais, trabalhos corais e óperas. Seu trabalho continuou a ser apreciado nas mais importantes casas do mundo. Em 1980 ela fez sua estreia na Ópera de Zurique como Adina em L'elisir d'amore[10] de Gaetano Donizetti. Em 1982 ela fez sua estreia no Festival de Salzburgo em Così fan tutte, seguido de três dias de apresentações nos concertos Mozart Matinee. Em 1985, ela foi a soprano solista da Missa de Coroação de Wolfgang Amadeus Mozart na Basílica de São Pedro no Vaticano durante uma missa comandada por João Paulo II, com a Filarmônica de Viena, conduzida por Herbert von Karajan. No meso ano ela fez sua estreia no Royal Opera House como Zerbinetta em Ariadne auf Naxos]]. Em 1987 ela foi convidada por Karajan para cantar a Valsa da Primavera de Johann Strauss no Concerto de Ano Novo de Viena, a única performance de Karajan televiosionada internacionalmente. Na ópera, ela cantou vários papéis, como Oscar na Ópera Lírica de Chicago e a tão aclamada Semele de Georg Friedrich Händel no Carnegie Hall. Ela retornou a Salzburgo várias vezes para cantar SusannaZerlina e Despina.



Kathleen Battle tornou-se uma soprano prestigiada no Metropolitan Opera House na década de 1980, cantando aproximadamente 150 vezes com a companhia em 13 óperas diferentes. Ela apresentou-se também na Ópera de São FranciscoCovent Garden, Grande Teatro de Gênova, Ópera Estatal de Viena e na Ópera Alemã de Berlim.




Década de 1990

Em 1990, Battle e Jessye Norman apresentaram um programa espiritural no Carnegie Hall, com James Levine conduzindo. No mesmo ano, ela retornou ao Covent Garden para cantar Norina em Don Pasquale e apresentou uma série de recitais solo na Califórnia, aparecendo também no Hollywood Bowl com a Filarmônica de Los Angeles. O recital solo no Carnegie Hall veio em 27 de abril de 1991, como parte do Festival do Centenário da casa. Acompanhada pelo pianista Margo Garrett, ela cantou árias e músicas de Händel, Mozart, Franz LisztSergei Rachmaninoff e Richard Strauss.



Ela apresentou uma variedade de papéis das óperas de Mozart, Donizetti e de Gioacchino Rossini e fez sua estreia como Marie em La fille du régiment de Donizetti na Ópera de São Francisco (1993).[17] Entre 1990 e 1993, ela apresentou-se em muitas produções no Metropolitan Opera House, como Il barbiere di Siviglia (1990), Die Zauberflöte (1991 e 1993), L'elisir d'amore (1991, 1992, 1991, com o tenor Luciano Pavarotti).[18]

Presente

Em agosto de 2000, apresentou um programa só com obras de Franz Schubert em Ravinia. Em junho de 2001 ela e sua colaboradora, a soprano Jessye Norman apresentaram Mythodea de Vangelis no Tempo Zeus do Olímpo em Atenas, Grécia. Em julho de 2003 ela apresentou-se com Denyce Graves, Bobby McFerrin e a Orquestra Sinfônica de Chicago em Ravinia. Em 2006 ela e James Ingram cantaram They Won't Go When I Go em tributo a Stevie Wonder. Em julho de 2007 debutou no Festival de Música de Aspen apresentando um programa com músicas de George Gershwin.

Em dia 16 de abril de 2008 cantou para o Papa Bento XVI, na ocasião da Visita Papal a Casa Branca. Essa marcou como a sua segunda apresentação para um papa, a primeira foi para João Paulo II em 1985).

Atualmente Battle continua se apresentando em recitais e concertos.


Repertório

Battle apresentou e gravou as obras de Johann Sebastian BachVincenzo BelliniJohannes Brahms, Henry Bishop, Gaetano Donizetti, Manuel de Falla, Gabriel FauréCharles GounodGeorg Friedrich HändelFranz LisztGustav MahlerFelix MendelssohnWofgang Amadeus MozartFrancis PoulencJean-Philippe RameauCamille Saint-SaënsFranz SchubertRichard WagnerJules MassenetGioacchino RossiniJoseph HaydnAlban BergRobert SchumannJohann Strauss IIRichard StraussHeitor Villa-Lobos, entre tantos outros.


COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO. Uma trajetória esplendida e a maior prova que a cultura e todas suas expressões a todos pertencem. Bom lembrar isso ao grupo de senhoras que se acham donas exclusivas do turbante.

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