sábado, 23 de outubro de 2021

CARMINA BURANA



Carmina Burana é uma cantata cénica composta por Carl Orff em 1935-1936 e estreada em 8 de junho de 1937 na Alte Oper de Frankfurt, sob direção de Bertil Wetzelsberger. 

O título completo, em latim, é "Carmina Burana: Cantiones profanæ, cantoribus et choris cantandæ, comitantibus instrumentis atque imaginibus magicis", que se pode traduzir como «Poemas cantados de Beuern: Cantos profanos, para cantores solistas e coros, com acompanhamento instrumental e imagens mágicas». 

A obra Carmina Burana constitui parte dos Trionfi, uma trilogia musical que inclui ainda as cantatas Catulli Carmina (1943) e Trionfo di Afrodite (1953). O movimento mais célebre é o coro inicial e final O Fortuna. Os 24 textos foram selecionados da coletânea de manuscritos medievais homónima, os Carmina Burana.

O libreto contém textos em latimalto alemão médio (Mittelhochdeutsch) e provençal antigo.

A cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, mas não apresenta uma trama precisa.

Orff optou por compor uma música inteiramente nova, embora no manuscrito original existissem alguns traços musicais para alguns trechos. Requer três solistas (uma soprano, um tenor e um barítono), dois coros (um dos quais de vozes brancas), mimosbailarinos e uma grande orquestra (Orff compôs também uma segunda versão, na qual a orquestra é substituída por dois pianos e percussão).

A obra é estruturada em prólogo e duas partes. 

No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. 

Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera. 

Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosissima"). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”).

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