sexta-feira, 4 de novembro de 2022

UM LEILÃO DA CHRISTIE´S

 

Coleção de Paul Allen é exposta antes de leilão da Christie’s

Pablo Picasso, Quatre Baigneuses (1922). Estimado em US$ 600.000 a US$ 800.000

Em agosto, a Christie’s empolgou o mundo do colecionismo de arte ao anunciar que leiloaria a coleção de arte de bilhões de dólares do falecido cofundador da Microsoft Paul Allen, em uma venda que apelidaram de “visionária”.

Embora a vasta extensão e profundidade da coleção de arte de Allen fossem bem conhecidas por amigos, profissionais da indústria e frequentadores de museus – que viram as muitas exposições itinerantes que contavam com empréstimos de Allen – a Christie’s manteve escondidos os detalhes deste leilão tão lucrativo. A estratégia valeu a pena e a Christie’s ganhou as manchetes nos últimos meses, quando revelou a inclusão da Madona do Magnificat de Sandro Botticelli e um grupo de quatro pinturas de Georgia O’Keefe.

Andrew Wyeth, Day Dream (1980). Estimado em US$ 2 milhões a US$ 3 milhões.

Agora, definitivamente acabou o mistério: desde 29 de outubro, todos os 156 lotes da venda estão em exibição pública na galeria Christie’s Rockefeller Center, onde ficam até 8 de novembro. As ofertas incluem desde obras históricas de Vincent van Gogh e Georges Seurat até tesouros contemporâneos de Damien Hirst e Anish Kapoor, bem como uma escultura de Pablo Picasso e um diagrama de René Magritte. A venda em si acontecerá em dois dias, 9 e 10 de novembro.

Vale a pena notar que os gostos de Allen evidentemente tendiam para artistas masculinos. Apenas 13 das 156 obras de arte foram feitas por mulheres, com apenas sete nomes femininos representados, incluindo Yayoi Kusama, Agnes Martin e Louise Bourgeois.

Ainda assim, a prévia do leilão é uma verdadeira exposição com qualidade de museu por si só, não apenas pela amplitude de períodos estilísticos cobertos, mas pela lenda por trás do homem que as acumulou.

Gerhard Richter, Ohne Titel (1989). Estimado em US$ 6 milhões a US$ 8 milhões.

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