terça-feira, 22 de novembro de 2022

PABLO MILANES

Pablo Milanés Arias (Bayamo24 de fevereiro de 1943 - Madrid22 de novembro de 2022) foi um cantor e guitarrista cubano.

Começou a cantar em estações de rádio ainda quando era criança. Com seis anos passou a morar em Havana, onde continuou sua formação musical. No início da década de 1960, começou a compor a partir de múltiplas influências, tais como: a tradicional música cubana, a música norte-americana (principalmente o jazz) e a música brasileira. 



Participou de várias formações vocais, como o "Cuarteto del Rey", um grupo que adotava o estilo "negro spiritual", que interpretou suas primeiras canções em clubes de Havana.



Em 1965, compôs: "Mis veintidós años", que foi sua primeira composição com temática social.

Entre 1965 e o final de 1967, esteve detido em campos de trabalho forçado, dirigidos pelas Unidades Militares de Ajuda à Produção (Umap) na Província de Camagüey, de onde fugiu e dirigiu-se para Havana, onde denunciou a injustiça que fora cometida, razão pela ficou preso durante dois meses na Fortaleza de La Cabaña.


No início da década de 1970, começou a participar do "Grupo de Experimentação Sonora" (GES), juntamente com importantes trovadores e músicos, dirigidos por Frederico Smith e Leo Brouwer.

Em 1974, gravou seu primeiro disco: "Versos Sencillos", no qual gravou versões musicalizadas por ele de poemas de José Martí.


Em 1975, gravou um disco com canções feitas a partir de 11 poemas de Nicolás Guillén.

Em 1976, gravou seu primeiro disco com composições próprias: "La vida no vale nada". Foi uma obra alinhada com os princípios da nova trova cubana e da Nueva Canción Latinoamericana, dentre as canções, merece destaque: "Yo pisaré las calles nuevamente", que clama pelo retorno da democracia ao Chile, após o Golpe Militar de 1973; e "Canción por la Unidad Latinoamericana".



No início da
 década de 1980, lançou discos como: "Yo me quedo", "El Guerrero", "Comienzo y final de una verde mañana" e "Querido Pablo" (1985), sendo que esse último disco contou com participações de Víctor Manuel, Chico Buarque, Mercedes Sosa e Luís Eduardo Aute.




Em fevereiro de 2015, em entrevista concedida ao jornal El País (Espanha), defendeu um aprofundamento das reformas em Cuba. Por outro lado, declarou simpatia pelos ideais da Revolução Cubana e aos governos de: Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia) e José Mujica (Uruguai).


Em outubro de 2015, em entrevista concedida a um canal de televisão da 
República Dominicana, fez críticas a falta de liberdades fundamentais em Cuba.


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