domingo, 26 de dezembro de 2021

JULES ET JIM



Drama francês realizado por François Truffaut em 1962 com o título original de Jules et Jim. As principais interpretações foram de Jeanne Moreau, Oskar Werner, Henri Serre, Marie Dubois e Vanna Urbino, entre outros. O argumento foi escrito por Truffaut e Jean Gruault, adaptando o romance de Henri-Pierre Roché.

O filme inicia-se com as escapadas boémias dos seus dois jovens heróis, Jules (Oskar Werner) e Jim (Henri Serre), na cidade de Paris em 1912. Eles são companheiros inseparáveis: Jules é alemão e Jim francês. 
Divertem-se até a trocar as raparigas que conquistam. Depois de se apaixonarem pelo sorriso de uma escultura quando estavam de férias na Grécia, reencontram-no numa rapariga, 
Catherine (Jeanne Moreau), que se vai tornar muito mais do que uma simples conquista passageira. Ela torna-se rapidamente o centro da vida dos dois, determinados a viverem com intensidade num contexto de guerra. Nessa altura, o tom do filme torna-se pesado, reflexivo, filosófico e até triste. O capricho da rapariga conduz até ao casamento com Jules (de quem acaba por ter uma filha), mas aí começa uma longa série de ajustamentos emocionais e sexuais entre os três que se prolongam durante anos. 
A história termina em 1933 com uma trágica ocorrência e a resignação perante a vida.

Emblema da Nova Vaga, que emergiu em França no início dos anos 60, este é o terceiro filme de Truffaut, um estudo artístico sobre as perversidades de uma mulher e a paciência dos homens. Tratou-se de encenar uma peculiar relação em que dois rapazes alegres se apaixonam pela mesma rapariga instável. 
Mas mais do que a exploração dos conflitos pessoais, é dado a ver uma intelectualização da situação. Influente, o filme chegou a ser uma espécie de bandeira do movimento do amor livre nascido nos anos 60, mas a verdade é que também pode ser encarado como um manifesto contra tal estilo de vida. 
Os três atores principais corporizam muito bem as ideias que se pretendem veicular, com destaque especial para Jeanne Moreau.

Venceu o BAFTA de Melhor Filme em 1962.

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