quarta-feira, 31 de agosto de 2022

DINHEIRO MUITO VIVO

                                 Clã Bolsonaro comprou 51 imóveis                            em dinheiro vivo

As compras feitas com dinheiro em espécie totalizaram R$ 25,6 milhões em valores corrigidos, segundo o Uol

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
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Também foram realizadas compras por meio de cheque ou transferência bancária, que somaram R$ 13,4 milhões (R$ 17,9 milhões corrigidos pela inflação) - Reprodução Twitter

De 107 imóveis negociados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pessoas próximas, pelo menos 51 foram adquiridos parcial ou totalmente por meio de dinheiro em espécie, da década de 1990 até hoje.

Segundo levantamento do Uol, as compras registradas nos cartórios como feitas "em moeda corrente nacional", ou seja, em dinheiro vivo, totalizaram R$ 13,5 milhões (em valores corrigidos pela inflação, o montante equivale a R$ 25,6 milhões). Também foram realizadas compras por meio de cheque ou transferência bancária, que somaram R$ 13,4 milhões (R$ 17,9 milhões corrigidos pela inflação).

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O levantamento foi realizado a partir do patrimônio construído por Bolsonaro, seus três filhos mais velhos (Flávio, Eduardo e Carlos), sua mãe, cinco irmãos e duas ex-mulheres, construído no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasileira (PI).

Dos 107 imóveis, 56 seguem como propriedade da família até este ano. Esses imóveis custaram, nas épocas em que foram comprados, R$ 18,8 milhões (ou R$ 26,2 milhões corrigidos).

A compra em espécie de imóveis pode estar relacionada de alguma forma com o esquema de rachadinha que cerca as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra Flávio Bolsonaro.

Desde 2018, Flávio e Carlos Bolsonaro e a segunda esposa do presidente, Ana Cristina Siqueira Valle, são investigados por obrigar funcionários de seus gabinetes a devolverem parte dos salários. De acordo com o MP, esses assessores contratados, grande parte funcionários fantasma, entregavam até 90% do que recebiam a operadores da família Bolsonaro.

As apurações contra Flávio mostraram depois que os valores eram "lavados" por meio da compra de imóveis. Uma parte das provas produzidas pelo MP foi anulada. Ainda assim, as investigações continuam em curso.

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