A casa de Victor-Hugo em Paris
"O que você quer que eu escreva para você? O que você quer que eu lhe diga? Você me completa. Você não está nem começo nem no fim de meus pensamentos. Você foi minha alegria por muito tempo; agora você é meu consolo. Seu olhar é encantador, seu sorriso é inefável e doce, você espalha ao redor de si um brilho de graça, devoção e amor; parece-me, quando estou perto de você, que ainda pode entrar um pouco de luz em meus olhos e um pouco de felicidade na minha alma!" (...)
"Eu te amo, meu pobre anjo! Você tem todos os tesouros que uma mulher pode ter no coração e na mente. Você que me livrou de tantos dias de luto, você que me deu tantos dias de festa, tenha um dia de festa hoje! Seja feliz porque você é abençoada! Seja feliz porque você é boa! Seja feliz porque você é amada! Tira da tua bela fronte e do grande coração as pequenas mágoas do momento, as sombras, as nuvens passageiras! Você merece o céu. Eu gostaria que Deus lhe desse o céu, sem tirar você de mim! Que Ele a tornasse um anjo, lhe deixando mulher! - Eu te amo !"
(Victor Hugo "Carta para Juliette Drouet" de 21 de maio de 1844)
Eles se conheceram em um dos ensaios de uma das peças do artista, na qual Juliette desempenhou um papel prqueno. Em uma conversa com o dramaturgo, a atriz afirmou, espirituosamente que “não havia papéis pequenos nas peças de Victor Hugo” o que imediatamente conquistou o coração do romancista. Ela tinha 26 anos e ele, 32. Um encontro que determinou uma longa história de amor que traria imensa felicidade, e, ao mesmo tempo, a amargura da traição, da dor e do desapontamento.
Juliette Drouet foi companheira de Victor Hugo por 50 anos. Ela morreu em 11 de maio de 1883, aos 77 anos. Hugo sobreviveu a ela por 2 anos. Ele morreu em 22 de maio de 1885 em Paris, aos 83 anos.
Helena Lacerda
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