quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O DECADENTE MERCADO DO OURO

Mercado Ouro



O antigo Mercado do Ouro foi construído pela Companhia Edificadora do Pilar, em uma área aterrada do Porto de Salvador, no século 19, junto ao antigo Cais Dourado (atual Praça Marechal Deodoro, Comércio). Era destinado principalmente aos muitos comerciantes ambulantes que vendiam seus produtos na área.
Em 1º de setembro de 1874, o comerciante português Manoel Francisco de Almeida Brandão e seus sócios constituíram uma sociedade para a construção de uma praça de mercado no local. O prédio do Mercado, de notável mérito arquitetônico, começou a ser construído em setembro de 1875, de acordo com Consuelo Sampaio (50 anos de urbanização, 2005). Foi inaugurado em 1879.

Arquitetura Mercado

Possuía amplos armazéns e escritórios comerciais, com um total de 75 metros de frente e 100 m de comprimento. No centro da praça interna existia um chafariz de mármore, como relatado no Almanaque da Bahia de 1881.

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Nos domingos, a área em torno do Mercado era palco de samba de roda e capoeira.
Em 1910, o Mercado foi adquirido pelo comerciante Francisco Amado da Silva Bahia.
Por volta de 1914, o cais do Mercado foi aterrado devido às obras de ampliação do Porto e, com isso, perdeu grande movimento. Por volta de 1940, parte da frente foi demolida para a passagem da Avenida Jequitaia e uma nova fachada foi construída. Incêndios destruíram parte da estrutura interna. Parte das estruturas laterais e alguns portões de ferro sobreviveram.
Em 1954, tornou-se propriedade da Patrimonial Amado Bahia Ltda, administrada pelos descendentes de F. A. S. Bahia. A partir dos anos 1980, toda a região entrou em decadência com a transferência de muitas sedes de empresas para outros bairros.
Desde 2007, funciona, no local, o Museu du Ritmo, com a Timbalada de Carlinhos Brown, onde acontece eventos e shows.

E aí começa - ou continua - o problema. O Carlinhos Brown pouco mais fez que mudar o nome para um suspeito "Museu du Ritmo" e usar o interior para apresentar shows onde ele se produz.
O mais que centenário edifício, com a total omissão de seu atual ocupante, entrou rapidamente em alarmante decadência.
Mais que longos discursos, basta a publicação destas fotografias por mim tiradas hoje, quinta-feira 27 de dezembro de 2018










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MAIS UMA VEZ: CADÊ A PREFEITURA E O ESTADO 
DA BAHIA QUE PASSAM O TEMPO BRIGANDO 
PARA SABER QUEM VAI REFORMAR 
OS PASSEIOS DO BAIRRO?

CADÊ O IPHAN E O IPAC?

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