Paris homenageia a vedete Coccinelle, precursora dos direitos trans nos anos 50 e 60
Onze anos após sua morte, a vedete Jacqueline Charlotte Dufresnoy (1931-2006), mais conhecida como Coccinelle, foi homenageada com uma placa que leva o seu nome em Paris. Ela foi sucesso nos anos 50 e 60 e precursora na luta pelos direitos da população trans.
Tanto que foi uma das primeiras a passar pela cirurgia de transgenitalização em 1956, a primeira a mudar o nome e gênero oficial em 1958. A primeira a ser rebatizada e a casar com um homem na igreja católica (!!!) e ter o casamento reconhecido pela justiça francesa.
No dia 18 do último mês, data em que se comemora o Dia Internacional do Combate a Homofobia e Transfobia, uma passeata seguida com a inauguração de uma placa com o nome de Coccinelle ocorreu às 17h30 em Paris. A homenagem contou com discursos de personalidades, como a vedete trans Marie-Pierre Pruvot, mais conhecida como Bambi, políticos e ativistas.
Em seu discurso, Bambi disse que o reconhecimento deve-se ao sucesso, a coragem e a originalidade de Coccinelle. E que evidencia um momento diferente do que elas vivenciaram há algumas décadas. “É um sinal de que as atitudes estão mudando. É um grande passo que foi feito. É lindo”.
Em seu discurso, Bambi disse que o reconhecimento deve-se ao sucesso, a coragem e a originalidade de Coccinelle. E que evidencia um momento diferente do que elas vivenciaram há algumas décadas. “É um sinal de que as atitudes estão mudando. É um grande passo que foi feito. É lindo”.
Bambi: “homenagem é sinal de que as atitudes estão mudando”
Organizada pela funcionária da prefeitura Hélène Bidard, a placa foi localizada próximo ao cabaret Madame Arthur, onde Coccinelle chegou a se apresentar antes de se tornar um dos maiores nomes da Carrossel. Ela frisou que, apesar das conquistas, a transfobia ainda marca a trajetória das pessoas trans no mundo.
“Ainda há muito a ser feito para os direitos das pessoas trans, que são vítimas de rejeição e violência. A agressão a Emily Dauby, chefe da Associação Nacional de Transgêneros, é mais uma prova de que a batalha está longe de ser vencida. Essa homenagem marca a vontade da cidade de Paris em continuar o seu compromisso com as pessoas LGBT”, afirmou Hélène.
“Ainda há muito a ser feito para os direitos das pessoas trans, que são vítimas de rejeição e violência. A agressão a Emily Dauby, chefe da Associação Nacional de Transgêneros, é mais uma prova de que a batalha está longe de ser vencida. Essa homenagem marca a vontade da cidade de Paris em continuar o seu compromisso com as pessoas LGBT”, afirmou Hélène.
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