Ansel Easton Adams foi um fotógrafo dos Estados Unidos (São Francisco, 20 de Fevereiro de 1902, Carmel-by-the-Sea, 22 de Abril de 1984) filho de Charles Hitchcook Adams, um homem de negócios e Olive Bray.
Em 1916 realiza fotografias no Parque Nacional de Yosemite, numa viagem com a família, usando uma Kodak Nº 1 Box Brownie que ganhou de presente dos pais.
Adams voltaria todo ano para lá até o final de sua vida, suas fotografias mais conhecidas são as desse parque, principalmente as do grande monólito.
No ano de 1919 entra para o Sierra Club, o que foi essencial para o seu sucesso enquanto fotógrafo. Suas primeiras fotografias foram publicadas no ano de 1922, no boletim do clube, e teve sua primeira exposição individual na sede do Sierra Club no ano de 1928, em São Francisco.
A cada verão o Sierra Club promovia viagens, geralmente para Sierra Nevada, que atraíam mais de duas centenas de membros. As fotografias dessas viagens, na década de 1920 permitiram que Adams ganhasse o bastante para sobreviver.
Em 1934 Adams foi eleito para a diretoria do clube e foi reconhecido como o artista de Sierra Nevada e defensor do Yosemite. Obteve muito mais reconhecimento como fotógrafo do que como pianista.
O ano de 1926 foi importante na carreira de Adams. Ele tirou uma fotografia no parque Yosemite, conhecida como Monolith, a Face of Half Dome, na sua primeira grande viagem. Essa imagem constitui uma espécie de marco inicial do reconhecimento do trabalho fotográfico de Adams.
Ele foi influenciado por Albert M. Bender, um rico mecenas de São Francisco. A amizade de Bender o encorajou e possibilitou uma segurança financeira para que Adams mudasse drasticamente a sua vida e permitiu a publicação do seu primeiro portfólio, Parmelian Prints of the High Sierras.
Bender fez com que o pianista que tocava por jornada se tornasse um artista cujas fotografias, como o crítico Abigail Foerstner escreveu no Chicago Tribune (3 de dezembro de 1992), "fez para os parques nacionais algumas coisas comparáveis somente com o que os épicos de Homero fizeram de Odisseu". Embora a transição de Adams de músico para fotógrafo não tenha acontecido imediatamente, sua paixão mudou rapidamente após Bender entrar na sua vida e seus projetos e possibilidades foram multiplicados.
Em 1930 Ansel Adams conhece o fotógrafo Paul Strand, cujas imagens lhe provocaram um poderoso impacto e o ajudaram a sair do estilo pictorial. Adams começou a buscar um estilo fotográfico em que a claridade das lentes era enfatizada, e a cópia final ficava sem a aparência do início, pois era manipulada na câmera ou na câmara escura.
O ano de 1932 também é muito importante para Ansel Adams e para a história da fotografia. Indo em busca de uma fotografia enquanto arte pura, um grupo de fotógrafos funda o Grupo f/64.
Juntamente com Ansel Adams, participaram da fundação: Edward Weston, Willard Van Dyke, Imogen Cunningham, e outros para promover uma "fotografia reta".
Enfatizavam uma fotografia pura, imagens nítidas, máxima profundidade de campo, papéis fotográficos com baixo brilho, concentrando-se unicamente nas qualidades do processo fotográfico.
A concepção de fotografia do f/64 influenciou muito a carreira de Ansel Adams no seu entendimento da técnica fotográfica, foi importante para concretizar a fotografia enquanto arte pura.
Um trecho do manifesto do grupo f/64 nos ajuda a compreender um pouco da obra fotográfica de Adams:
"O nome deste grupo deriva de um número do diafragma das lentes fotográficas. Isso significa um largo alcance de qualidades da claridade e definição da imagem fotográfica que é um importante elemento no trabalho dos membros deste grupo."
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