David Drew Zingg (Montclair, 14 de dezembro de 1923 — São Paulo, 28 de julho de 2000) foi um fotógrafo e jornalista norte-americano. Em 1964 passou a morar no Brasil, a principio no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, tornando-se uma importante figura na vida cultural de ambas as cidades e para a Bossa Nova.
David Zingg nasceu em Montclair, New Jersey, em 14 de dezembro de 1923. Estudou na Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, onde anos mais tarde deu aulas de Jornalismo. Trabalhou na redação da NBC e foi voluntário para a Força Aérea Americana na Segunda Guerra Mundial.
Estabeleceu-se na Inglaterra e mais tarde, após abandonar os combates, tornou-se correspondente de guerra na França e Alemanha, para a Rádio do Serviço Militar.
Em Nova York, Zingg foi editor, escritor e repórter para as revistas Look e Life. Neste período tornou um fotógrafo-escritor free-lancer.
Morando em Nova York, Zingg viajou pelo mundo e contribuiu com textos e fotografias para uma longa lista de publicações, incluindo Look, Life, Esquire, Show, Town and Country, CG, Sports Illustrated, Vogue, Interview, El Paseante, Zoom, Modern Photography, Popular Photography, New York Times, London Sunday Telegraph e The Observer.
Acompanhou diversas celebridades como John Kennedy, Winston Churchill, Che Guevara, Marcel Duchamp, Lawrence Durrell, Louis Armstrong, Duke Ellington, Bobby Short e Ella Fitzgerald. Muitos deles se tornaram seus amigos.
Em 1959, Zingg desembarcou no Rio de Janeiro como um membro da equipe do veleiro Ondine na corrida oceânica Buenos Aires-Rio, na qual ele também fez a cobertura para Life e Sports Illustrated.
Encantado com o país, Zingg começou a viver uma versão free-lancer da ponte aérea de longa distância entre Nova York e o Brasil. A cobertura que ele fez sobre acontecimentos nacionais, incluindo a construção de Brasília, apareceu em várias publicações americanas e britânicas.
presente na noite de abertura do Show de Bossa Nova apresentando Tom Jobim e Vinicius de Moraes no Clube Bon Gourmet no Rio, e contribuiu na organização do memorável Concerto de Bossa Nova no New York Carnegie Hall em 1962.
Em dezembro de 1964, Zingg foi para o Rio fazer um ensaio fotográfico para a revista Look. Devido as chuvas ficou morando durante três meses no Hotel Copacabana Palace e após este período passou a morar na casa do arquiteto carioca Sérgio Bernardes. Com o passar do tempo Zingg decidiu viver no Rio e começou a trabalhar para a revista Manchete, além de fotografar vários filmes do Cinema Novo.
Num curto período de tempo, Roberto Civita convidou-o para tornar-se parte do time que estava produzindo uma revista mensal inovadora: Realidade. Em 1978 Zingg mudou-se do Rio de janeiro para São Paulo.
Durante o período brasileiro, Zingg fotografou para um amplo espectro de publicações brasileiras. Entre estas inclui-se Realidade, Manchete, Playboy, VIP, Veja, Claudia, Elle, Quatro Rodas, Status, IstoÉ, Fotoptica, Iris, Ícaro e Macmania.
Também colaborou com os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Jornal do Brasil, O Globo, Zero Hora e Notícias Populares.
Zingg também participou da banda Joelho de Porco, ganhadora do prêmio de melhor letra do Festival dos Festivais da TV Globo, em (1985), por "A Última Voz do Brasil".
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