JOSÉ JESUS BARRETO
- A favelização das ruas e praças e praias, com o tsunami dos ambulantes – barracas, tabuleiros, isopores – em chocante contraponto com a ostentação dos camarotes, é um recorte, apenas, da desigualdade social urbana, óbvia nos 365 dias do ano.
- Além dos credenciados pela prefeitura, o comércio informal no carnaval abriga famílias inteiras vindas do interior, de mala e cuia, em busca de um trocado para sobreviver. Alguns, além dos filhos menores, até criança de colo, trazem também os animais de estimação. Uma semana fora de casa. No furdunço e à mercê.
- Essa realidade não se vê na tevê, por quê? Não precisa politizar, buscar culpados ou ‘redentores’; apenas mostrar a realidade, as pessoas, de onde vêm, como vivem e se safam nesses dias de folia. Mais jornalismo e menos propaganda, pelamôdedeus!
- Carnaval não é só brinquedo, fuzarca, espetáculo, farra, desordem... ‘é tudo o que a boca come’, como diria o Mestre Pastinha.
- Carnaval sem cordas é do governo do Estado, diz o marketing oficial. Com cordas?
- Teria sido o trio elétrico fruto de uma apropriação dos ‘Vassourinhas’ – grupo de frevo pernambucano – por parte dos geniais baianos Dodô & Osmar?
- Cultura é mistura.
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