sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

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Bahia Notícias

Rui diz que desconhecia operação antes de ser deflagrada: 'Não cuido de cada bandido'



Rui diz que desconhecia operação antes de ser deflagrada: 'Não cuido de cada bandido'

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse, nesta sexta-feira (14), que desconhecia a operação que resultou na morte do miliciano Adriano da Nóbrega. Segundo ele, só soube da ação após ser de deflagrada.

"Eu sou governador do estado. Eu não cuido de cada bandido, cada criminoso da Bahia. Muito menos do Brasil. Isso está nas mãos do Ministério Público do Rio, da Bahia", declarou Rui, durante a inauguração da Unidade de Saúde da Família (USF), na região de Cajazeiras.

Rui afirmou que se reuniu depois com o secretário de Segurança Pública, Mauricio Barbosa, que fez um "breve relato" do caso.

"Eu não dou declarações e detalhes de algo que não é da minha área. Eu não entendo nada do mundo crime. Não sou miliciano. Nunca tive amizade com miliciano. Não tenho que ficar dando declaração", afirmou o governador, que não comentou especificamente sobre a reportagem de Veja que apontou que a morte do miliciano foi "queima de arquivo" (saiba mais aqui). 


SSP-BA diz que revista Veja faz 'acusações infundadas' sobre morte de miliciano

SSP-BA diz que revista Veja faz 'acusações infundadas' sobre morte de miliciano


A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgou nota, nesta sexta-feira (14), em que reclama da reportagem da revista Veja sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega. Em nota, o órgão afirma que as acusações são "infundadas". 

"Informa que as fotografias mostradas não são as imagens oficiais da perícia. Dessa forma, os peritos não podem afirmar se foram de alguma forma manipuladas ou não e, portanto, não podem se manifestar sobre as mesmas. Sobre a lesão arredondada na face anterior do corpo de Adriano, trata-se de equimose, não uma queimadura. É uma lesão contundente, obviamente feita com algo arredondado, que pode ter sido ativamente ou passivamente comprimido contra o corpo", diz a SSP-BA, em nota.

Segundo a revista, as imagens obtidas mostram o miliciano foi morto a curta distância, o que fortalece a tese de "queima de arquivo" (saiba mais aqui).

"As lesões de disparo de arma de fogo não foram feitas com proximidade. Essa afirmação só pode ser feita quando há, pelo menos, a zona de tatuagem de pólvora incombusta intradérmica, o que não ocorreu. É impossível afirmar distância dos disparos, sem a reprodução destes, promovida com a mesma arma e munição similar, contra um anteparo [alvo]. Por fim, acrescenta que o corte na cabeça foi por ação corto-contundente, também comum em casos de troca de tiros, onde quedas são frequentes", rebateu a SSP-BA. 

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