Família mantida em cárcere privado em Guaratiba podia ter sido resgatada há dois anos; entenda
A família que durante 17 anos viveu mantida em cárcere privado em uma residência em Guaratiba sob o poder de Luiz Antônio Santos Silva, marido e pai das vítimas, poderia ter sido resgata em março de 2020, segundo apontou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). De acordo com o órgão, o Conselho Tutelar sabia do caso há dois anos, mas mesmo assim nada foi feito.
‘Ela disse que não via a luz do dia há 17 anos’, diz capitão que resgatou mulher e jovens mantidos em cárcere privado.
Na ocasião, ainda segundo o MP, o Conselho Tutelar havia alegado que estava ciente do cárcere, que havia tomado todas as medidas pertinentes, que uma rede de proteção do município tinha sido acionada e que propôs uma ação judicial para cuidar das vítimas. Apesar das afirmações, o MP alega que após as promessas por parte do Conselho, não recebeu mais nenhuma informação da família “no sentido de que a violência não fora estancada”.
Em relação ao inquérito policial, a Promotoria de Justiça de Investigação Penal informou que o procedimento se encontra na 36ª DP (Santa Cruz) para cumprimento de diligências elencadas pelo Ministério Público.
Ao portal G1, o Conselho Tutelar confirmou que acompanha o caso há dois anos, que à época chamou o Ministério Público e a polícia, mas as investigações não foram adiante.
O GLOBO tenta contato com a Polícia Civil desde a manhã desta sexta-feira (29), porém, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário