Após ser rejeitado por três famílias, menino é adotado por casal gay
Enzo, de 8 anos, foi acolhido pelo casal Kairon Patrick Oliveira da Silva, de 29 anos, e Sílvio Romero Bernardes Fagundes, de 40 anos
Após ser rejeitado pela família biológica e por duas famílias que tinham intenção de adotar uma criança, Enzo, de 8 anos, foi acolhido pelo casal Kairon Patrick Oliveira da Silva, de 29 anos, e Sílvio Romero Bernardes Fagundes, de 40 anoss. O pedido de adoção foi julgado procedente pelo juiz Felipe Jales Soares, da 1ª Vara de Família, Sucessões, Infância e Juventude do fórum de Águas Lindas de Goiás (GO) no último dia 12.
Enzo viveu em um abrigo desde seus 3 anos e viu seus irmãos serem adotados. Duas famílias que pretendiam adotá-lo o rejeitaram porque o menino tinha sido diagnosticado com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
“Também não fui uma criança fácil. Se minha mãe tivesse desistido de mim eu não teria me tornado o que sou hoje. Na verdade, o que faltava para Enzo era amor; o ele não teve isso das outras famílias”, disse Sílvio, um dos pais.
O diagnostico dado como déficit de atenção quando estava no abrigo, pode ter sido uma conclusão equivocada. Após a adoção, o menino foi levado a outro especialista onde vive a família, em Brasília. O profissional, segundo Kairon, verificou que Enzo não sofria de qualquer transtorno.
“A primeira escola o diagnosticou com o mesmo problema, então mudamos de escola e ele apresentou melhoras de comportamento. Acreditamos que isso tenha acontecido porque a segunda escola soube trabalhar com ele. A inclusão social dele foi bem feita. Temos um apoio muito grande da escola. A primeira, por outro lado, gerou uma exclusão social muito grande” afirmou o cerimonialista.
Ainda de acordo com o pai, ele e Sílvio estão agora, passado o período inicial de adaptação, curtindo cada momento da rotina com o filho. Kairon contou que a família gosta de viajar nos momentos livres, mas sempre consegue encontrar tempo para dar atenção ao menino em meio à correria do dia-a-dia, levando-o para seu escritório de trabalho, por exemplo.
Segundo o portal Jusbrasil de Goiás, a audiência chegou ao fim com o choro de emoção dos três. “Eu tenho dois pais!”, o menino disse, orgulhoso. “Somos a prova de que o amor incondicional muda qualquer pessoa. Mudou o nosso filho e a gente também. Ele nos ensinou a amar mais, mas hoje a gente entende que tudo que ele teve que passar por tudo isso, por essas duas rejeições, para chegar na gente”, Sílvio contou, emocionado.
Com informações de Revista Pais e Filhos e Extra
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