domingo, 30 de agosto de 2020

A RAINHA DA NOITE

A Rainha da Noite é uma ária da ópera A Flauta Mágica, no qual o nome original em alemão é Die Zauberflöte. É considerada uma das mais difíceis a ser cantada pelo seu agudo altíssimo. Foi composta por Wolfgang Amadeus Mozart, no qual apresentou-se a primeira vez em Viena, no dia 30 de setembro de 1791. A primeira cantora lírica a desafiar a Rainha da Noite foi a própria cunhada de Mozart.



                    

Contexto da Rainha da Noite

A ária Rainha da Noite tem o titulo original de “A vingança do inferno arde em meu coração”, em alemão Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen. Ela é considerada uma das mais difíceis e famosas árias de ópera, faz parte do segundo ato da ópera e representa um acesso de fúria vingativa, em que a Rainha da Noite coloca uma faca na mão de sua filha Pamina e exorta-a a assassinar Sarastro, rival da Rainha.
A ópera mostra a filosofia do Iluminismo. Algumas de suas árias tornaram-se muito conhecidas, como o dueto de Papageno e Papagena, e as duas árias da Rainha da Noite. Os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa transparecem em vários momentos na ópera, por exemplo quando o valor de Tamino, protagonista da história, é questionado por ser um príncipe, e que por tal motivo talvez não conseguisse suportar as duras provas exigidas para entrar no templo. Em sua defesa, Sarastro responde: “mais que um príncipe, é uma pessoa”.

Dificuldade

A ária é famosa pela dificuldade com tom muito alto e sua extensão de duas oitavas, o que requer um *soprano coloratura extremamente ampla. O papel acessível somente a vozes extremamente qualificadas.

A Voz

A primeira a cantar a ária em um palco foi a cunhada de Mozart, Josepha Hofer, que na época tinha 33 anos. Segundo consta, a cunhada de Mozart já tinha um registro extraordinariamente agudo e uma voz ágil. Aparentemente, Mozart estava familiarizado com a habilidade vocal da cunhada e escreveu as duas árias da Rainha da Noite para mostrar isso. Mesmo assim ela se sentia desafiada com a altura que devia chegar na ópera e ficava apreensiva sempre que subia nos palcos.
Uma história de Mozart sugere que o compositor era muito impressionado pelo desempenho vocal de sua cunhada. 4 de dezembro de 1791 apenas cinco semanas depois da muito bem sucedida estréia de A Flauta Mágica. Mozart teria sussurrado o seguinte para sua esposa Constanze: “Calma, calma… Querida. Hofer (cunhada) irá levar o tom ao Fá agudo. Agora minha cunhada está cantando sua segunda ária, Der Hölle Rache; quão forte ela canta os graves e quão bem mantém o Sibemol em “ Hört! hört! hört! der Mutter Schwur! Vai impressionar a todos.”

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