quinta-feira, 6 de agosto de 2020

UMA ÓPERA DIVERTIDA


Natalie Dessay (anteriormente Nathalie Dessaix19 de abril de 1965, em Lyon) é uma soprano francesa especialista nos papéis de soprano leggero e soprano coloratura de ópera e opereta, e conhecida pelos seus talentos dramáticos e pela sua intensidade cénica. No início da sua carreira, a sua facilidade nos agudos abriu-lhe numerosas portas em papéis secundários mas espectaculares como Olympia em Les Contes d'Hoffmann ou a Rainha da Noite em A Flauta Mágica.


“A ópera Os contos de Hoffmann é a derradeira tentativa do compositor francês Jaques Offenbach, de compor uma ópera séria. Muito conhecido pelas suas operetas irressítíveis e pelo famoso Kankan, Offenbach morre sem terminar esta opera, suscitando múltiplas e diferentes versões.
Numa taberna em Nürenberg, a musa aparece, tomando a aparência de Niklausse (nesta opera interpretado por uma mulher) o fiel companheiro de Hoffman, explicando que tem sido responsável pelo fracasso de todos os amores do poeta, para ele se devotar inteiramente à poesia. A primadona Stella, a actuar na ópera Don Giovanni de Mozart, envia um bilhete a Hoffmann, marcando encontro para aquela noite, no seu camarim, depois da récita. O bilhete e a chave do camarim são interceptados por Lindorf, que assume em toda ópera várias versões do espírito maléfico do poeta. Os estudantes chegam à taberna e pedem a Hoffmann para lhes cantar a Balada de Kleinsack. A meio da história em vez de descrever a cara do anão, Hoffmann começa a divagar, obsecado com a imagem de Stella, que amou outrora. De seguida, propõe contar a história dos seus três malogrados amores. O primeiro Olimpia, uma linda boneca de corda. O seu inventor Spalanzani, apresenta-a ao poeta como sua filha. O cientista Coppelius, que lhe construi os olhos, quer uma participação financeira da invenção. Chegam convidados para ver o prodígio. Esta canta a famosa ária “Les oiseau dans la charmille” em que vai ficando sem corda. Hoffmann dança maravilhado com Olimpia, que vai levando mais corda, num crescendo vertiginoso até se desconjuntar toda, perante o olhar horrorizado do poeta.

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