sábado, 18 de fevereiro de 2017

QUAL IDOSO NÃO É VÍTIMA...

... DESTA FALTA DE EDUCAÇÃO?

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O DURO COTIDIANO DOS PASSAGEIROS DE "BUZU"

Estas cenas se repetem na cidade de Salvador. Pessoas idosas ( acima de 65 anos), gestantes ou com lactentes ao colo, tem direito, pela Lei Federal nº 10.048/2000i, a ocupar os bancos reservados, pintados em cor amarela, na rede de transportes urbanos.
" Lei Federal nº 10.048/2000. Em seu artigo 3º, consta que as empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo reservarão assentos preferenciais, devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas com deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo. E, a partir do dia 3 de janeiro de 2016, entra em vigor a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também conhecida como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei Federal nº 13.146/2015), que inclui os obesos na lista de pessoas com mobilidade reduzida, conferindo-lhes também direito a prioridade."

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Pois é... mas esta Lei, muito linda e clara no papel, não se cumpre na prática. E, à revelia da Lei, sob os olhos indiferentes de motoristas e de cobradores de transportes urbanos, que não exigem o RG ( carteira de identidade) para comprovar o direito adquirido. Grande parte desses motoristas, num gesto de escárnio, dão assento a suas paqueras e amiguinhas, para as quais liberam os assentos reservados e especiais, enquanto os idosos ficam em pé, submetidos ao risco de uma queda ou trauma, com consequências imprevisíveis.
Por sua vez, inúmeros passageiros "caras-de-pau" , sem qualquer educação doméstica, ainda tem a petulância de resistir em deixar o lugar e insistem em permanecer sentados onde não lhes compete estar e, para completar a cena, fingem estar 'dormindo'.
Quando isso irá acabar ? São inúmeras as queixas recebidas pelos órgãos afixados no interior dos ônibus. Minha pergunta é : o que fazem com essas queixas ? Não dá mais para suportar esse desrespeito ao cidadão soteropolitano, ferido em seus direitos básicos.
Onde estão as empresas de transportes urbanos da capital ? Onde está o RH dessas empresas que não treinam e capacitam os motoristas e cobradores ?
Onde está o poder público municipal competente que não fiscaliza, não supervisiona, não pune os infratores ?
 Onde estão os educadores das escolas a quem competiria orientar as crianças, sobre os princípios básicos exigidos para se viver em comunidade ? Ou seja, para o viver em comum.
Onde estão os pais, - célula mater da sociedade e da educação doméstica - , que não orientam seus filhos, desde tenra idade, a respeitar o direito alheio ?
Em alguns estados da federação, a exemplo do Rio de Janeiro e São Paulo, alguns artistas de Teatro de Rua tem apresentado encenações, no interior dos ônibus, abordando esse tema. Sob os olhares de todos os passageiros, os infratores mostram-se "envergonhados" e, sob forte pressão, levantam-se para dar assento àqueles que tem direito de ali sentar .
Numa terra criativa como esta nossa, com tantos talentos e tantos grupos de teatro de rua, porque não se empreende essa iniciativa ? Um projeto sobre esse tema seria bem vindo.
No mais, é fazermos, cada um de nós, a nossa parte, fortalecer uma campanha, compartilhar, enquanto cidadãos que somos , para o pleno exercicio da nossa cidadania.
Não tenham, pois, vergonha de reclamar pelos seus direitos. Isto já seria um bom começo...
Amália Casal Rey

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