segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

BOLSONARO ESCOLHE A MORTE

 

BRASIL VERÁ O MUNDO SE VACINAR ENQUANTO AQUI SE MORRE POR CAUSA DE BOLSONARO

Em meio à nova escalada de casos, presidente se concentra apenas em atacar as opções de imunização contra Covid-19

Nas próximas semanas, seremos plateia angustiada de um belo espetáculo: o início, mundo afora, da vacinação contra a Covid-19. Assistiremos, do lado de fora da festa, a milhões de pessoas ganhando imunização. Se as imagens despertarem raiva, esta deverá ser dirigida a uma só pessoa: Jair Bolsonaro.

Já nem vale recordar todas as ações e frases destinadas a bloquear o combate à doença, tantas que são. Na semana que passou, em meio à nova escalada de casos, atacou as vacinas com o sadismo de quem idolatra torturadores: “Se tiver um efeito colateral ou um problema qualquer, já sabem que não vão cobrar de mim”. É exatamente ele que precisa ser responsabilizado.

Para sabotar esforços contra a pandemia, o presidente nomeou para ministro um general que não sabia o que é o SUS (Sistema Único de Saúde). Eduardo Pazuello fez carreira na Intendência. Seria um especialista em logística. Talvez seja bom em entregar quepes e coturnos, mas não vacinas. Nem testes para diagnóstico, esquecidos no Aeroporto de Guarulhos. Não se preparou sequer para comprar com antecedência as seringas e os frascos. Salvar vidas não é com ele.

Afirmou que o Brasil terá “uma, duas ou três vacinas”. A imprecisão denuncia o quanto está perdido. Outros países encomendaram várias, de empresas diferentes, como garantia. Por isso, começarão logo a imunizar a população. Por aqui, não antes de março. São Paulo poderá iniciar antes, se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), submissa a Bolsonaro, não criar barreiras. O presidente não quer que o governador João Doria (PSDB), seu provável rival em 2022, fature esse ganho político.


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