domingo, 10 de janeiro de 2021

BEBE O PR[OPRIO VENENO

 

Bolsonaro engole a língua e bebe o próprio veneno




POLITICAGEM Cães e pessoas devem ser bem tratadas como todos os seres vivos. Bolsonaro usa seu cachorro para demagogia ao dizer que a obrigatoriedade da imunização só vale para o seu animal (Crédito: Reprodução)


O Instituto Butantan confirmou que o Ministério da Saúde, leia-se governo federal, irá comprar toda a produção da CoronaVac, a “vacina chinesa do Doria, que causa morte, anomalia e invalidez”, segundo declarou publicamente o presidente Jair Bolsonaro.

O mesmo foi categórico, em mais de uma oportunidade, em afirmar que não compraria a “vachina’, e que o “calça apertadinha” deveria procurar outro freguês, pois “jamais veria a cor do dinheiro do povo brasileiro”. Facebook e Twitter não me deixam mentir.

Bolsonaro, além de psicopata, mentiroso e negacionista convicto, é um néscio pra lá de incapaz e incompetente. Não à toa não termos quaisquer outras alternativas de vacinas, nem sequer seringas e agulhas. Aliás, nem ministro da Saúde nós temos.

Nossa pequena sorte – e alguma esperança – reside na competência de alguns governadores, como o próprio Doria, que abasteceram seus estados com insumos (como Minas Gerais e Paraná) e correram atrás de imunizantes antecipadamente.

Inclusive, de forma autoritária – e aí sim, tipicamente chinesa -, o governo tentou confiscar vacinas, seringas e agulhas dos estados, mas quebrou a cara! O STF, com um humilhante e sonoro NÃO, impediu o roubo bolsonarista da competência alheia.

Dias atrás, o ignorante declarou que “os laboratórios devem correr atrás do Brasil para vender suas vacinas”. Além de estar enganado, como sempre, mentiu mais uma vez: a Pfizer provou que fez uma oferta de 70 milhões de doses, ainda em meados de 2020.

Eis aí! O motivo para que mais de 50 países mundo afora estejam imunizando seus cidadãos – já são mais de 18 milhões de pessoas vacinadas – e o Brasil não é um só: não temos presidente, não temos governo, não temos absolutamente nada.

Agora, desesperado pela queda drástica da popularidade comprada em três parcelas de 600 dinheiros e a crescente possibilidade de impeachment, o devoto da cloroquina se rendeu ao “globalismo comunista chinês” e correu para o colo de João Doria.

Novamente, Bolsonaro engole as próprias mentiras e ofensas que tanto agradam à turba de limitados e recalcados que lhe puxa o saco – presencial e virtualmente – todos os dias. E ainda que engane sua própria seita, seguirá com a razão. Resta saber qual.


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