quarta-feira, 20 de julho de 2022

O ÓDIO NA IGREJA EVANGÉLICA

Entrevista com Leonardo Gonçalves

Leonardo Gonçalves, expoente evangélico: cantor, compositor, produtor musical e arranjador brasileiro da música cristã Equipe Leonardo Gonçalves/Reprodução 


Teólogo Rodolfo Capler e cantor cristão Leonardo Gonçalves conversam sobre a onda de polarização política que entrou no segmento religioso 

A atrocidade do assassinato do guarda municipal petista Marcelo Arruda, 50 anos, durante a festa de comemoração de seu aniversário, provocou uma onda de indignação no Brasil. Pessoas dos mais variados campos do espectro político se pronunciaram expressando horror e desaprovação ao crime. 

As imagens do tiroteio que levou à morte de Arruda, registradas pelas câmeras de segurança do local, chocaram o país. Segundo a versão oficial do caso, o assassino bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, chegou ao local da festa de carro e entrou em discussão com Arruda por motivações ideológicas. A partir dali decorreu-se uma desavença. Guaranho deixou o local, voltando alguns minutos depois – atirando duas vezes em direção aos convidados. No interior do espaço onde ocorria a festa, houve troca de tiro e, infelizmente, Arruda não resistiu aos ferimentos. 

A morte de Marcelo Arruda emitiu um alerta à sociedade brasileira, que se encontra envolta numa espiral ascendente de ódio político sem precedentes. Há menos de oitenta dias para o pleito eleitoral e definirá o próximo presidente da República, o acirramento da polarização político-ideológica tem se intensificado cada vez mais e a violência nas ruas tem escalado a níveis nunca antes vistos no período da redemocratização, tornando-se uma ameaça cotidiana. A violência política, inclusive, alcançou os ambientes evangélicos, ocupados atualmente por mais 65 milhões de brasileiros.  

Conforme denunciei aqui nesta coluna, em meu texto “Por que os jovens de esquerda têm saído das igrejas evangélicas”, agressões verbais aos fiéis que se opõe ao atual governo, estão sendo feitas dos  dos púlpitos de muitas igrejas, o que tem resultado num êxodo de jovens progressistas de suas fileiras. O ódio político também é (inequivocamente) pano de fundo dos recentes banimentos institucionais de proeminentes pastores – como foi o caso do ministro Edson Nunes, compulsoriamente destituído da liderança da Igreja Adventista Nova Semente em São Paulo.

Para comentar a atual conjuntura de polarização que envolve as igrejas evangélicas, conversei com o cantor e compositor de músicas cristãs Leonardo Gonçalves. Detentor de uma voz singular e autor de de belas canções conhecidas pelo público cristão, Gonçalves – que é mestrando em Letras pela Unicamp e adventista de tradição – tem se manifestado, veementemente, contra a aliança da igreja com o bolsonarismo.  


Abaixo a entrevista completa:  

 https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/o-odio-politico-na-igreja-evangelica-entrevista-com-leonardo-goncalves/?fbclid=IwAR1FuJNiSKnX-1cE_OhZb3f1wZ6LEBUc4PAkJv26jp-gxkSdJ2U-llwB2wE



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