terça-feira, 19 de julho de 2022

O IPHAN CHEIO DE CEGOS

 Luiz Claudio Dias Do Nascimento


Como cidadão cachoeirano e do mundo que sou, tenho questionado o IPHAN e o poder público municipal a falta de iniciativa e vontade de conter o processo de arruinamento pelo qual passam alguns imóveis do Centro Histórico de Cachoeira. O IPHAN diz que o problema não é dele, como se dissesse que é com Roberto Carlos e as baleias. O poder público municipal... E isso é um problema antigo; não é de antes nem da atual gestão.


Exemplo do descaso é o documento de 1978 assinado pelo prefeito Ariston Mascarenhas, decretando a desapropriação do sobrado de seu Lafayette, na Rua 13 de Maio (foto). Quarenta e quatro anos e a desapropriação com fins sociais causou mais uma ruína em Cachoeira. No Centro Histórico!



Disse ao IPHAN- Ba recentemente que o Centro Histórico de Cachoeira tem o traçado urbano recomendado pela Ordenações Filipinas para a criação de vilas e cidades, desde o século XVI, e esse traçado persiste quase inalterado, não fosse a construção do cais do porto que iniciou no século XVIII e concluído em 1922. É preciso conter as desfigurações e os arruinamentos.
Gosto de dizer que Cachoeira e São Felix são um museu a céu aberto e o Centro Histórico de Cachoeira é um parque. Só cego não vê. O IPHAN tá cheio de cegos.

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