Bolsonaro anuncia Nelson Teich como ministro e fala em 'flexibilizar' ações de isolamento
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (16) para apresentar o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, substituto de Luiz Henrique Mandetta, demitido do cargo.
Segundo Bolsonaro, a saída de Mandetta foi sacramentada em clima de “divórcio consensual”. “Tivemos uma conversa produtiva, muito cordial, onde nós selamos um ciclo no Mnistério da Saúde. Ele se prontificou, como era esperado da minha parte, participar de uma transição, a mais tranquila possível, com a maior riqueza de detalhes que se possa oferecer”, afirmou.
O chefe de Estado afirmou que um “clima de quase terror” se espalhou pelo país e que, por isso, a permanência de Mandetta ficou inviabilizada, pois ele tinha a visão médica da crise, diferente de Bolsonaro, que possui uma “visão ampla”. “Ele fez aquilo que, como médico, achava que deveria fazer. Ao longo desse tempo, a separação cada vez mais se tornava uma realidade, mas não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito até este momento fosse perdido”, declarou. “Uma pessoa que vive em histeria está propensa a adquirir novas doenças”, acrescentou.
Bolsonaro ainfa afirmou que conversou com Teich para, “gradativamente”, “abrir os empregos no Brasil”. “Não poderíamos prejudicar os mais necessitados. Eles não têm como ficar em casa por muito tempo sem buscar o seu alimento. Os primeiros que sofreram com isso foram os informais”, pontuou.
Na visão de Bolsonaro, a pessoa desempregada possui mais chances de adoecer que a desempregada. “A pessoa desempregada ficará mais propensa a sofrer problemas de saúde do que uma outra empregada e, desde o começo da pandemia, me dirigi a todos os ministros e falei da vida e do emprego. É como um paciente que tem duas doenças. A gente não pode abandonar uma e tratar exclusivamente outra, porque no final da linha esse paciente pode perder a vida”, opinou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário