domingo, 5 de abril de 2020

REQUIEM. MOZART



Réquiem em ré menor (K. 626) é uma missa fúnebre do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, de 1791, encomendada pelo Conte Franz von Walsegg, foi deixada incompleta devido à morte de Mozart em 5 de Dezembro de 1791, sendo completada posteriormente pelos amigos e discípulos de Mozart: Franz Xaver SüßmayrJoseph Leopold Eybler e possivelmente Franz Jacob Freystädtler.

MOZART COMPÔS MÚSICA COM O TÍTULO: 'LAMBA MINHA BUNDA' - MOUSE OU ...

Sua última composição é talvez uma de suas melhores e mais famosas obras, não apenas pela música em si, mas também pelos debates em torno de até qual parte da obra foi preparada por Mozart antes de sua morte.
Essa obra também se destaca pelo enorme número de versões e revisões feitas à versão de Süßmayr desde o século XX
Em 14 de Fevereiro de 1791, Anna Walsegg, esposa de Franz von Walsegg falece aos seus 20 anos. Em Julho do mesmo ano, bateu à porta de Mozart um desconhecido (possivelmente Franz Anton Leitgeb ou Johann Nepomuk Sortschan) a mando de Walsegg, que desejava uma missa de réquiem para o memorial de sua falecida esposa, mas que planejava dizer que fora ele quem compôs a obra (por isso o anonimato). Recusando-se a se identificar, o mensageiro deixa Mozart encarregado da composição de um Réquiem em Ré menor. Deu-lhe um adiantamento de 25 ducats e avisou que retornaria em um mês com os outros 25 restantes.
Mas pouco tempo depois, o compositor é chamado para Praga com o pedido de que ele escrevesse a ópera A clemência de Tito, para festejar a coroação de Leopoldo II na comitiva de compositores de Antonio Salieri.
 Quando subia com sua esposa Constanze na carruagem que os levaria a esta cidade, o desconhecido ter-se-ia apresentado outra vez, perguntado por sua encomenda. Mozart lhe promete que a completaria assim que voltasse de sua viagem, dizendo-lhe que ficou mais interessado na missa.
Todavia, Mozart conseguiu terminar apenas poucas partes do Réquiem antes da sua morte: Toda a orquestração da Réquiem Aethernam, um rascunho detalhado da Kyrie, trechos instrumentais, o coro e o baixo cifrado da Sequentia até a Lacrymosa, esta que apresenta apenas 8 compassos. Também havia todas as vozes e baixos cifrados do Domine Jesu e da Hostias. Wolfgang também deixou alguns rascunhos de músicas, dentre eles uma fuga Amém e outros papéis perdidos.
Cinco dias após sua morte, em 10 de Dezembro de 1791, a Introit foi tocada em um serviço memorial para o próprio Mozart na Igreja de Miguel Arcanjo em Vienna, tendo quase toda sua orquestração completada por Franz Jacob Freystädtler (madeiras, cordas e trombones), tendo os seus tímpanos e trompetes adicionados posteriormente por Franz Xaver Süßmayr, vale ressaltar que a participação de Freystädtler não é uma certeza, sendo alvo de discussões entre diversos historiadores e musicologistas.
Em 21 de Dezembro de 1791, o jovem Joseph Eybler foi encarregado por Constanze de terminar a obra, afinal, Mozart deixou dívidas enormes para Constanze, fazendo com que ela precisasse dos outros 25 ducats restantes da comissão. No entanto, após completar todas as partes dos instrumentos de cordas da Sequentia e toda a orquestração do Dies Irae e do Confutatis, além de ter adicionado dois compassos na linha do soprano da Lacrymosa, Eybler desiste por razões desconhecidas.
Após tentar com que vários compositores terminassem a obra, Constanze enfim se aproximou de Süßmayr, este que coletou diversos rascunhos e finalizou a orquestração da obra, além de compôr o resto da Lacrymosa, todo o SanctusBenedictus e Agnus Dei, e repetir parte do Réquiem Aethernam para a Lux Aetherna e a Kyrie para o Cum Sanctis Tuis

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