Bolsonaro parte para o ataque contra Mandetta e tensão entre presidente e ministro chega a nível inédito
Na Câmara dos Deputados, a guerra de hoje é outra: a aprovação do chamado 'Orçamento Paralelo', que amplia as despesas públicas nas ações emergenciais contra o coronavírus. Os casos confirmados no mundo ultrapassaram a barreira de um milhão. No Brasil, autoridades descobrem que o vírus chegou antes do que se acreditava.
A situação tensa entre Bolsonaro e o ministro da Saúde chegou ao seu apogeu. Mandetta foi humilhado por Bolsonaro, sendo ameaçado de demissão pelo rádio e, Mandetta, por sua vez, manifesta desejo de sair, diz o jornalista Bernardo Mello Franco.
Em sua coluna no jornal O Globo, Mello Franco destaca que "em conversas reservadas, o ministro tem reclamado do clima de sabotagem. Um dirigente do DEM conta que ele está “louco para ir embora”, mas não quer pedir demissão. Prefere que o chefe assuma o desgaste de demiti-lo. “Virou um jogo de gato e rato”, resume o aliado."
Ele ainda diz: "à Jovem Pan, Bolsonaro disse que Mandetta precisa “ouvir um pouco mais o presidente”. Na prática, isso significaria trocar a ciência e a medicina por receitas que o capitão colhe na porta do Alvorada e em grupos de zap. Ao fim da entrevista de ontem, ele disse aos brasileiros que “papai do céu está conosco” e pediu um dia de jejum e orações “para a gente ficar livre desse mal”.
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