segunda-feira, 4 de julho de 2022

O DESFILE DO DOIS DE JULHO

Foto: Maria-Helena-PS

Após dois anos de abstinência, ia ser uma festança cívica. Uma orgia de alegria e contestações. 

Esperávamos uma moqueca de lagosta, recebemos uma empada de frango. 

Minha sacada da rua Direita de Santo Antônio é o melhor camarote para assistir ao evento, meus amigos vieram numerosos. Todos ficaram decepcionados. 

Apressado, um grupo de índios mais parecia fugir. O Caboclo e a Cabocla passando correndo. Pouquíssimas bandas de escolas, a Fundação Dr. Jesus, com muita cara de pau invadindo os diversos grupos, a bizarra presença das Forças Armadas e nada de Lula, Bolsonaro, Ciro nem Simone Tebet. 

Passou mas não vi o ACM Neto nem o atual prefeito cujo nome nunca me lembro. Rui Costa e o novo candidato brilharam pela ausência e não vi a Olívia Santana. 

Muito pouco para o povão aplaudir loucamente ou vaiar até perder fôlego. Menos público também. 

Os políticos conseguiram esvaziar a mais bela manifestação cívica da Bahia, para mim muito mais empolgante que o carnaval.  

Frustração total.

Dimitri Ganzelevitch

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