Bolsonaro comanda seita que vai levar Brasil ao abismo, diz agência de notícias da Alemanha
Ao final, o jornalista compara o bolsonarismo com Hitler, “que acreditava que a Alemanha merecia ser devastada se não conseguisse vencer a guerra”
O correspondente do jornal alemão DW para a América Latina, Philipp Lichterbeck, afirma em artigo publicado nesta quarta-feira (15) que a extensão da irracionalidade dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) “é aterrorizante e ameaça arrastar o Brasil para o abismo”.
O jornalista diz que “o bolsonarismo assumiu agora todas as características de uma seita cujos membros estão dispostos a seguir seu líder incondicionalmente, até a morte. Esse culto à morte está se tornando cada vez mais evidente nas manifestações dos bolsonaristas. Um caixão é carregado alegremente; no meio de uma pandemia, expõe-se a si mesmo e a outros ao perigo de um contágio e se grita: ‘A covid-19 pode vir. Estamos prontos para morrer pelo capitão’”.
De acordo com Lichterbeck, o nome ‘bolsonarismo’ se deve “a um homem cujo livro favorito foi escrito por um torturador. Por conseguinte, o bolsonarismo tem correspondentes ideias para a sociedade: violentas, autoritárias, sem empatia, anti-intelectuais e pseudorreligiosas”, alerta.
Ele compara ainda o bolsonarismo a uma seita e lembra que “como em todos os cultos religiosos, as contradições são ignoradas”. Ele afirma que “o bolsonarista sempre acha que sabe mais que os outros ‒ mesmo que os outros sejam o mundo inteiro”.
“O bolsonarista odeia o conhecimento”, prossegue Lichterbeck, “quando este contradiz sua visão de mundo. Ele é como um motorista que anda na contramão na autoestrada e ouve no rádio que há um motorista na contramão e depois grita: ‘A mídia mente! Não é um motorista, são milhares!’””.
Ao final, o jornalista faz uma comparação aterradora, sobretudo para os alemães: “assim como Hitler acreditava que a Alemanha merecia ser devastada se não conseguisse vencer a guerra, o bolsonarista gostaria de destruir tudo. Não há outra explicação para a sabotagem do presidente e de seus apoiadores contra as autoridades do setor de saúde pública”, encerra.
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