segunda-feira, 11 de maio de 2020

BRASÍLIA E O NAZISMO

Secom da presidência da República usa lema associado ao nazismo


Secom da presidência da República usa lema associado ao nazismo

Em postagem feita no Twitter, na noite do sábado (10), a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) utilizou um lema associado ao nazismo: “O trabalho liberta”. A publicação, segundo o UOL, tecia críticas à imprensa diante da cobertura sobre o governo e o posicionamento do presidente diante da pandemia da Covid-19. 

“Parte da imprensa insiste em virar as costas aos fatos, ao Brasil e aos brasileiros. Mas o @govbr, por determinação de seu chefe, seguirá trabalhando para salvar vidas e preservar o emprego e a dignidade dos brasileiros. O trabalho, a união e a verdade libertarão o Brasil”, diz a publicação. 

A expressão “o trabalho liberta” vem do alemão "Arbeit macht frei". A frase foi colocada em portais de entrada de campos de concentração, como no de Auschwitz, na época do regime nazista.  

No vídeo publicado pela Secom, além da divulgação de títulos de notícias para criticar o trabalho da imprensa, há a menção sobre a revista científica internacional “The Lancet”. O periódico, em uma publicação recente, afirmou que Jair Bolsonaro “talvez seja a maior ameaça” ao Brasil neste período de pandemia do novo coronavírus. 

ROBERTO ALVIM
Não é a primeira vez que o governo Bolsonaro vem sendo apontado por utilizar termos que se referem ao período do nazismo. O ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, foi destituído do cargo em janeiro por mencionar em seu discurso trechos semelhantes aos usados por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista. Ao se defender das críticas na época, Alvim atribuiu suas falas a uma “coincidência retórica" (veja aqui e aqui). 

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